Há dois posts atrás escrevi sobre liderança informal usada de forma negativa. Mas e você, que se identificou com o conceito de ser um formador de opinião na empresa mesmo sem um cargo de liderança, porém não age do jeito descrito no texto? Quem é você então? A liderança informal, como falei antes, é aquela pessoa formadora de opinião na empresa, que tem credibilidade frente aos colegas. Porém, essa pessoa é esperta o suficiente para usar essa competência de forma positiva – para ela e para a empresa.
O líder, formal ou informal, é inteligente e quando joga, joga para ganhar. Se está na empresa, procura e trabalha para o bem da empresa e busca oportunidades de crescimento pessoal e profissional para si. A liderança informal aproveita seu bom relacionamento com os colegas para (sempre que couber) falar algo que motive todo mundo e incentive um bom resultado. Se ouve algo negativo em relação ao ambiente de trabalho ou contexto profissional, procura o gestor, alerta-o e ainda se oferece para ajudar. Se percebe algum colega desmotivado ou com dificuldades, tenta ajudá-lo. Faz isso não para puxar o saco do chefe ou para ser o queridinho de todos, mas faz porque isso é natural no seu jeito de ser.
O dever de gerenciar as pessoas muda de empresa para empresa, às vezes é do gestor, do coordenador ou do gestor de Recursos Humanos. O fato é que o cotidiano corrido e cheio de reuniões muitas vezes esconde um colaborador mais cabisbaixo ou um problema que não é nunca solucionado e aí, sorte do gestor que tem um colaborador que entende e usa sua liderança informal de forma positiva. Esse gestor logo reconhece esse colaborador, pois geralmente é aquele que presta atenção não só na sua mesa de trabalho mas também no ambiente como um todo: junta um papel caído no chão, conhece a maioria dos colegas pelo nome e faz questão de cumprimentá-los, atende um telefone que não para de tocar e anota o recado, dá mais sugestões do que críticas.
Esse tipo de profissional é desejado em todas as empresas e equipes e os próprios colegas o reconhecem, às vezes mais do que reconhecem a própria liderança formal. Para a pessoa, é uma forma de exercer e treinar sua liderança para quando atingir um cargo formal de liderança na empresa, e trabalhar fazendo a diferença na empresa, atingindo os resultados propostos mas também formando os colegas. Para a empresa, é um multiplicador, um colaborador diferenciando que entende não só a missão, visão e valores da empresa, mas também sua cultura organizacional e consegue não só vivê-la como também ensiná-la para os colegas, é um ativo da empresa!
E agora, você se reconheceu nesses exemplos? Se sim, parabéns, continue nesse caminho. Se não, o que você está esperando para fazer a diferença no seu trabalho? ;-)