Uma das grandes dúvidas que temos em alguns momentos da vida é “o que vou fazer agora?”, principalmente quando um ciclo se fecha. Estava tudo indo como deveria, você já estava acostumado àquela rotina, àquele horário de acordar, àquela maneira de se vestir, àquela carga horária de trabalho ou estudo e, de repente, você não pode mais seguir aquele script. A faculdade acabou e você irá se formar ou você foi ‘promovido ao mercado de trabalho’, ou algo ainda mais dramático. O fato é que você precisa decidir o que irá fazer a partir de então.
E você já experimentou se perguntar, ao invés de ‘o que vou fazer?’, ‘o que eu quero fazer?’. Porque é natural que busquemos uma nova opção muito semelhante com a opção anterior, afinal, já conhecemos como nos sentimos fazendo aquilo, qual é nosso desempenho com aquela atividade, como nossa família e amigos nos veem; e escolher outra coisa significa colocar tudo em dúvida, reaprender tudo. Imediatamente, pensamos ‘mas será que eu vou conseguir?’. E então, eu gostaria que você lesse atentamente a frase abaixo:
Nós, humanos, somos ainda mais preparados do que os navios; temos intelecto, aprendemos, escolhemos, respondemos a desafios, temos a oportunidade de pilotar nossa vida e não sermos pilotados – e por que, então, queremos ficar atracados no porto, perto do píer, fazendo sempre o mesmo trajeto, enxergando sempre a mesma vista, carregando sempre os mesmos passageiros? É natural que comecemos a vida sendo um bote salva-vidas, que vive na segurança de um barco maior, mas depois que nos desenvolvemos, por que não desejamos ser um transatlântico ou um navio de cruzeiro?
O que muitas vezes nos acomoda é o medo da rejeição. O que os outros vão pensar, será que vão continuar sendo meus amigos, e se não gostarem do meu novo estilo de vida? São reações possíveis, claro, mas muitas vezes essa rejeição é uma admiração disfarçada ou ainda uma pontinha de inveja. Cabe a você, que conhece essas pessoas, decidir se isso é positivo ou negativo, mas nem sempre a rejeição é uma repreensão, às vezes é só uma forma de dizer ‘quisera eu ter a sua coragem!’.
Outro ponto de atenção que devemos ter é sobre a nossa preguiça. Invariavelmente, sair de uma empresa e começar em outra, ou ainda começar a sua própria empresa, vai dar mais trabalho. Você vai ter que prestar mais atenção no novo ambiente, nas pessoas, em como irá se relacionar e com quem, aprender novas coisas, decorar novas senhas e processos, mudar a rota diária para chegar até lá. E isso dá mais trabalho!
Agora, cabe a você se perguntar o que você deseja fazer. Independente do que os outros vão pensar ou se você vai ter mais ou menos trabalho, deixando de lado a segurança e pensando mais no seu propósito de vida – o que você quer fazer? Qual é o tamanho do barco que você quer ser? Decida e, boa viagem, marinheiro!
Ao passar pelas empresas, vejo que muitas pessoas aceitam a rotina de uma forma, que de jeito nenhum, tentam mudar, fazer algo diferente, vejo que muitos tem medo de aceitar desafios, responsabilidades nem passam pela cabeça, só querem “o lado bom do emprego”.
Mas creio que é saindo da zona de conforto que realmente se aprende, é se jogando de cabeça, buscando, querendo ser o melhor.
Gostei muito do texto por que retrata o contexto do dia a dia e devemos ter claro em nossas mentes como devemos ser, agir e/ou onde chegar, parabéns.